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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Anjos no caminho.

Há algumas semanas, uma pessoa se admirou por uma coisa banal que eu estava fazendo: caminhando nas ruas do Centro do Rio de Janeiro, em direção ao Metrô. Ela se ofereceu para ajudar a chegar lá, visto que ia na mesma direção. Enquanto atravessávamos a rua, ela me contou que fica admirada com a coragem dos deficientes visuais, que se “aventuram” pela cidade, em meio a tantos obstáculos e tanta gente má. Isso me fez pensar nos anjos do caminho.

Diante de um cenário de violência em que se sobressai o pior lado do ser humano, é possível não enxergá-los na multidão. Eles estão na praia, no shopping, em casa, no trabalho, nas ruas... em todos os lugares. Surgem de repente, do nada, na hora que mais precisamos. Não importa a cor, o sexo ou a classe social. O importante é o que têm em comum: a vontade de ser útil sem pedir nada em troca, sem o dever da obrigatoriedade.

Uns chegam sem pedir licença, não se identificam, querem logo fazer algo. São ansiosos. Há quem não entenda toda essa impulsividade, pois nem sempre precisamos de ajuda.
Outros, mais tranquilos, se apresentam, puxam assunto e esbanjam simpatia. No breve tempo de contato, parece que já nos conhecemos a séculos!
Há também os inexperientes: “marinheiros de primeira viagem”. Geralmente são mais tímidos e inseguros. Querem ajudar, mas não sabem como. Eis aí uma grande oportunidade de transmitir conhecimento.

São pessoas boas, que mesmo no corre corre do dia a dia, tomam a iniciativa de nos estender a mão e depois seguem seu caminho. Talvez elas não imaginem o quão importante foi a ajuda ofertada! Essa certeza de que nunca estamos sós é o que me encoraja a seguir adiante,sempre confiante no que há de melhor nas pessoas. Quanto mais ajuda recebemos, mais podemos retribuir.
Com tudo isso, aprendi que Todos nós podemos ser anjos no caminho de alguém.

Gratidão a todos os que passaram e passam em meu caminho deixando boas histórias e lembranças.
A gente se vê por aí!