Aprender um idioma é mergulhar em um novo mundo cultural, é ampliar as oportunidades pessoais e profissionais.
Já escrevi aqui no blog sobre
dicas para professores que tenham estudantes cegos em suas classes.
Mas agora chegou a vez de conversar com você que deseja aprender um idioma e ainda não começou por falta de tempo, de dinheiro ou por qualquer outro motivo.
Quero falar principalmente com os estudantes cegos, que frequentemente enfrentam muita dificuldade no que se refere a acessibilidade dos materiais.
Minha intenção é apontar caminhos alternativos, fornecendo dicas que funcionam comigo durante o meu contínuo aprendizado de espanhol e certamente funcionarão para quem deseja aprender outros idiomas.
Pré-requisito: estude por prazer e não por obrigação.
1. Torne o idioma parte de sua rotina: do mesmo jeito que aprendemos o português, o aprendizado de qualquer língua requer ouvir, falar, ler e escrever. Mas tudo a seu tempo! Se você é autodidata, vale a pena procurar um programa de estudos e segui-lo com planejamento e metas. Se você estuda em um cursinho ou em aulas particulares, é interessante complementar os conhecimentos adquiridos com pesquisas na Internet. Aprendeu sobre os pronomes hoje? Então, que tal acessar o Youtube ou o Google para estudar mais sobre o assunto? É uma forma de revisar os conteúdos e ir além do livro didático.
2. Acostume o ouvido : é comum, no início, ter dificuldade com o idioma porque não entendemos o que ouvimos. "É muito rápido", dizem algumas pessoas. Mas, na verdade, nós também falamos rápido. Duvida? Então pergunte a um estrangeiro que aprendeu o português!
Ao aprender um novo idioma, é importante ouvi-lo, mesmo que a princípio pareça incompreensível. Pesquise rádios e ouça a programação, assista vídeos, ouça programas de TV pela Internet... Até música de Ninar ou filmes infantis servem. Estes são até melhores pra quem está começando!
3. Leia muito: ao ler, aprendemos a escrever! Acesse jornais online, leia histórias em quadrinhos, livros (comece pelos pequenos), letras de músicas, interaja em chats para testar a comunicação simultânea, tire dúvidas em fóruns.
Um bom exercício é ouvir uma música, depois ler a letra. Em seguida ouvir a música novamente e reler a letra, marcando as palavras que você não compreendeu para pesquisar no dicionário depois.
4. Escreva um pouco todos os dias! No meu caso, comecei fazendo pequenos resumos do que eu aprendia e a medida que meus conhecimentos aumentavam, passei a escrever textos maiores sobre o meu cotidiano. É muito importante utilizar o dicionário para descobrir o significado das palavras. Também é interessante utilizar tradutor, desde que seja com sabedoria! Nada de escrever o texto todo em seu idioma nativo e depois traduzi-lo! Utilize-o como um "corretor", mas sabendo que esse tipo de ferramenta não é perfeita.
5. Sempre que possível, fale! Existem alguns sites ou programas de computador nos quais você tem a oportunidade de praticar a conversação e fazer amizades. Um deles é o
Zello.
Também é possível fixar os conteúdos utilizando aplicativos que estão disponíveis em dispositivos móveis. Com eles você complementa os conhecimentos de forma interativa. Eu indico o
Duolingo.
É acessível e prático!
Agora, para deixar você com ainda mais vontade de estudar um novo idioma, vou partilhar outros links ma-ra-vi-lho-sos!
Divirta-se!
Espanhol Grátis
Só Espanhol
Aprenda Esperanto no Lernu
Dicas de inglês no English Experts
17 canais do Youtube para aprender inglês de graça
Aprenda Italiano
Oito aplicativos que lhe ajudarão a aprender um novo idioma
Espero ter ajudado!
Tem mais sugestões e dicas? Compartilhe nos comentários!
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
terça-feira, 5 de março de 2013
Acessibilidade Nas Aulas de Idiomas - Dicas Para Professores.
O post de hoje é dedicado aos professores de idiomas que nunca tiveram contato com alunos deficientes visuais, ou aqueles que estão tendo esse contato pela primeira vez e ficam preocupados porque não sabem como ensinar a esses alunos.
Pré-requisitos: ter interesse e boa vontade de ensinar.
Durante o meu aprendizado de inglês, tive alguns professores excelentes que me motivaram e incentivaram a seguir adiante. Eles sabem o quanto são especiais e o quanto fizeram a diferença na minha vida. Pensando em tudo que eles me ensinaram, resolvi escrever algumas dicas simples, mas que muito contribuiram para que eu tivesse um aprendizado com a maior acessibilidade e qualidade possíveis.
Aprendi esses dias que "empatia" é colocar-se no lugar do outro. Então, antes de prosseguir com a leitura das dicas, pare um pouco e reflita: "E se você fosse cego, como gostaria que fossem suas aulas de idiomas"?
1º. Não torne a deficiência de seu aluno maior do que é. Lembre-se que ele apenas não enxerga. Logo, pode ouvir, falar, interagir com outras pessoas. Então, no primeiro contato com um aluno com deficiência visual, não se acanhe! Dirija-se a ele e pergunte qual a melhor forma de auxiliá-lo na tarefa de aprender o idioma. Demonstre interesse real em ajudar e coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas, exatamente como você faz com alunos que enxergam.
2º. Forneça-lhe material acessível. Os deficientes visuais podem aprender utilizando materiais em Braille, digitalizados ou em áudio. Algumas escolas de inglês oferecem livros em Braille. Se esse não for o caso, pense se você pode contribuir digitalizando alguns conteúdos e enviando para ele. Existe ainda o recurso de gravação das aulas, mas só o áudio não é suficiente, porque ele precisa também aprender a escrever.
3º. Ao fazer anotações no quadro, por exemplo, leia em voz alta à medida que escreve. Com isso você estará auxiliando sobremaneira seu aluno, que não precisará perguntar o tempo inteiro: "Professor, o que você está escrevendo aí?". Se for utilizar Slide, você pode entregar-lhe uma cópia da apresentação para que ele possa acompanhar o conteúdo em tempo real.
4º. sempre que julgar necessário, leve objetos para a sala de aula e faça com que ele os reconheça, ou então descreva a finalidade dos mesmos. Essa é uma boa forma de ensinar o que é uma caneta, por exemplo, sem traduzir para o português.
5º. Quando possível, descreva as figuras que você utilizar em sala de aula. Você pode descrevê-las em português ou usar um método que acho ainda mais interessante: fazer com que a turma as descreva. Essa é uma ótima forma de interação e uma boa prática na hora de revisar os conteúdos de roupa, cores, objetos...
6º. Ao utilizar filmes ou outros vídeos com legenda, é importante sentar-se ao lado do aluno para descrever as imagens e ler as legendas em voz baixa.
7º. Ao trabalhar com música, caso o aluno utilize notebook em sala de aula, você pode entregar-lhe (em formato digital) a letra com as lacunas que geralmente você faz para os demais estudantes. As lacunas podem ser representadas por linhas em branco, porque fica mais fácil de o aluno preencher com o que ouvir no áudio.
Provavelmente, algumas dessas dicas servirão para outros tipos de aula, além de idiomas. Hoje em dia, cada vez mais deficientes visuais buscam se qualificar. Portanto, é fundamental o corpo docente saber lidar com isso naturalmente.
COMPARTILHE ESSAS DICAS!
Ps.: Caso você tenha algum tipo de deficiência e queira contribuir com experiências ou dicas que não foram mencionadas aqui, fique à vontade para postar nos comentários!
Pré-requisitos: ter interesse e boa vontade de ensinar.
Durante o meu aprendizado de inglês, tive alguns professores excelentes que me motivaram e incentivaram a seguir adiante. Eles sabem o quanto são especiais e o quanto fizeram a diferença na minha vida. Pensando em tudo que eles me ensinaram, resolvi escrever algumas dicas simples, mas que muito contribuiram para que eu tivesse um aprendizado com a maior acessibilidade e qualidade possíveis.
Aprendi esses dias que "empatia" é colocar-se no lugar do outro. Então, antes de prosseguir com a leitura das dicas, pare um pouco e reflita: "E se você fosse cego, como gostaria que fossem suas aulas de idiomas"?
1º. Não torne a deficiência de seu aluno maior do que é. Lembre-se que ele apenas não enxerga. Logo, pode ouvir, falar, interagir com outras pessoas. Então, no primeiro contato com um aluno com deficiência visual, não se acanhe! Dirija-se a ele e pergunte qual a melhor forma de auxiliá-lo na tarefa de aprender o idioma. Demonstre interesse real em ajudar e coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas, exatamente como você faz com alunos que enxergam.
2º. Forneça-lhe material acessível. Os deficientes visuais podem aprender utilizando materiais em Braille, digitalizados ou em áudio. Algumas escolas de inglês oferecem livros em Braille. Se esse não for o caso, pense se você pode contribuir digitalizando alguns conteúdos e enviando para ele. Existe ainda o recurso de gravação das aulas, mas só o áudio não é suficiente, porque ele precisa também aprender a escrever.
3º. Ao fazer anotações no quadro, por exemplo, leia em voz alta à medida que escreve. Com isso você estará auxiliando sobremaneira seu aluno, que não precisará perguntar o tempo inteiro: "Professor, o que você está escrevendo aí?". Se for utilizar Slide, você pode entregar-lhe uma cópia da apresentação para que ele possa acompanhar o conteúdo em tempo real.
4º. sempre que julgar necessário, leve objetos para a sala de aula e faça com que ele os reconheça, ou então descreva a finalidade dos mesmos. Essa é uma boa forma de ensinar o que é uma caneta, por exemplo, sem traduzir para o português.
5º. Quando possível, descreva as figuras que você utilizar em sala de aula. Você pode descrevê-las em português ou usar um método que acho ainda mais interessante: fazer com que a turma as descreva. Essa é uma ótima forma de interação e uma boa prática na hora de revisar os conteúdos de roupa, cores, objetos...
6º. Ao utilizar filmes ou outros vídeos com legenda, é importante sentar-se ao lado do aluno para descrever as imagens e ler as legendas em voz baixa.
7º. Ao trabalhar com música, caso o aluno utilize notebook em sala de aula, você pode entregar-lhe (em formato digital) a letra com as lacunas que geralmente você faz para os demais estudantes. As lacunas podem ser representadas por linhas em branco, porque fica mais fácil de o aluno preencher com o que ouvir no áudio.
Provavelmente, algumas dessas dicas servirão para outros tipos de aula, além de idiomas. Hoje em dia, cada vez mais deficientes visuais buscam se qualificar. Portanto, é fundamental o corpo docente saber lidar com isso naturalmente.
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