Depois de muitos meses de correria e falta de tempo para estar no blog, finalmente posso dizer que tudo voltará a normalidade. E para retomar as postagens daqui, quero contar um pouco mais sobre o meu casamento, que aconteceu no dia 23 de maio.
Como o Jean e eu somos cegos, decidimos explorar ao máximo os outros sentidos.
Pelo tato pudemos sentir nossos convites, alianças e sandálias. Os convites foram confeccionados em relevo e com uma pérola. As alianças têm a frase Eu te amo representada com pontos Braille. A sandália tem um enfeite que a torna inconfundível.
Com o olfato, pudemos “enxergar” de longe a decoração, pois escolhemos flores que se destacassem pelo cheiro.
O paladar pôde apreciar deliciosas comidas e bebidas criteriosamente escolhidas por nós, depois de muito caminhar de degustação em degustação até chegar no Buffet ideal para o evento.
A audição foi merecidamente presenteada com uma música excelente, tanto na cerimônia religiosa quanto na festa.
A nossa visão, mesmo ausente, não fez falta nenhuma! Principalmente porque a maior acessibilidade do casamento ficou por conta da audiodescrição, um presente para nós e todos os deficientes visuais que compareceram. Todos os detalhes visuais foram descritos.
Agradeço a Deus por abençoar o casamento e permitir que tudo acontecesse melhor do que o esperado. Agradeço também aos meus queridos pais e minhas três irmãs por toda a ajuda nesses seis meses de corre-corre. Agradeço a todos os fornecedores que trabalharam muito para que a festa saísse do jeito que planejamos. E, por fim, um agradecimento especial ao meu amor, Jean Bernardo da Silva Vieira, por me amar e me fazer feliz a quase 10 anos.
Veja mais:
Saiba como foi a audiodescrição
Assista um vídeo feito pelo Bradesco no qual aparecem imagens do casamento
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