Amigo leitor que enxerga, Imagine que por alguns minutos você me empresta a sua visão. Com ela, eu poderia enxergar muitas coisas! As pessoas, as cores, os ambientes; a natureza, as fotografias, os jardins floridos; o sol ou as estrelas, o mar, as nuvens e tudo de bom ou de ruim que a vista fosse capaz de alcançar. E, quando acabasse o tempo, e sua visão fosse devolvida, eu eternizaria em minha mente todas as sensações que vivi por poder enxergar muitas coisas, em detalhes, por algum tempo. Não seria lindo? Você se sentiria feliz por contribuir com a minha vontade de enxergar e eu me sentiria muito agradecida pelo empréstimo!
Mas isso não precisa ficar no plano imaginário. Você pode emprestar a sua visão e a sua voz para mim e para milhares de outras pessoas cegas! Sabe como? Se tornando um audiodescritor. Inscreva-se no 1º CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁUDIO-DESCRITORES – “IMAGENS QUE FALAM”, que acontecerá de 03 a 07 de agosto, no Hotel Ponta Verde.
Pessoas cegas também poderão se inscrever e serão capacitadas a atuar como consultores em audiodescrição.
Neste curso você aprenderá a melhor maneira de descrever o que você vê. A audiodescrição é uma realidade e vem ganhando espaço na programação televisiva, no teatro, na dança e em outras manifestações culturais. Só na televisão, o recurso de audiodescrição deve estar presente em seis horas de programação semanal. Esse número tende a aumentar com o passar dos anos. Isso significa que um audiodescritor poderá conquistar grandes oportunidades no mercado de trabalho e ainda fazer a diferença na vida das pessoas cegas.
Podem participar pessoas de diversas áreas de formação: RH, Psicologia, comunicação, teatro, educação e muito mais!
Saiba todos os detalhes sobre o curso acessando o blog
Guerreiros da Inclusão
Se tiver alguma dúvida ou dificuldade, escreva diretamente para o e-mail institutoguerreirosdainclusao@gmail.com
Nos vemos lá.
Traduzir
quinta-feira, 16 de julho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Um casamento para todos os sentidos: pura emoção.
Depois de muitos meses de correria e falta de tempo para estar no blog, finalmente posso dizer que tudo voltará a normalidade. E para retomar as postagens daqui, quero contar um pouco mais sobre o meu casamento, que aconteceu no dia 23 de maio.
Como o Jean e eu somos cegos, decidimos explorar ao máximo os outros sentidos.
Pelo tato pudemos sentir nossos convites, alianças e sandálias. Os convites foram confeccionados em relevo e com uma pérola. As alianças têm a frase Eu te amo representada com pontos Braille. A sandália tem um enfeite que a torna inconfundível.
Com o olfato, pudemos “enxergar” de longe a decoração, pois escolhemos flores que se destacassem pelo cheiro.
O paladar pôde apreciar deliciosas comidas e bebidas criteriosamente escolhidas por nós, depois de muito caminhar de degustação em degustação até chegar no Buffet ideal para o evento.
A audição foi merecidamente presenteada com uma música excelente, tanto na cerimônia religiosa quanto na festa.
A nossa visão, mesmo ausente, não fez falta nenhuma! Principalmente porque a maior acessibilidade do casamento ficou por conta da audiodescrição, um presente para nós e todos os deficientes visuais que compareceram. Todos os detalhes visuais foram descritos.
Agradeço a Deus por abençoar o casamento e permitir que tudo acontecesse melhor do que o esperado. Agradeço também aos meus queridos pais e minhas três irmãs por toda a ajuda nesses seis meses de corre-corre. Agradeço a todos os fornecedores que trabalharam muito para que a festa saísse do jeito que planejamos. E, por fim, um agradecimento especial ao meu amor, Jean Bernardo da Silva Vieira, por me amar e me fazer feliz a quase 10 anos.
Veja mais:
Saiba como foi a audiodescrição
Assista um vídeo feito pelo Bradesco no qual aparecem imagens do casamento
Como o Jean e eu somos cegos, decidimos explorar ao máximo os outros sentidos.
Pelo tato pudemos sentir nossos convites, alianças e sandálias. Os convites foram confeccionados em relevo e com uma pérola. As alianças têm a frase Eu te amo representada com pontos Braille. A sandália tem um enfeite que a torna inconfundível.
Com o olfato, pudemos “enxergar” de longe a decoração, pois escolhemos flores que se destacassem pelo cheiro.
O paladar pôde apreciar deliciosas comidas e bebidas criteriosamente escolhidas por nós, depois de muito caminhar de degustação em degustação até chegar no Buffet ideal para o evento.
A audição foi merecidamente presenteada com uma música excelente, tanto na cerimônia religiosa quanto na festa.
A nossa visão, mesmo ausente, não fez falta nenhuma! Principalmente porque a maior acessibilidade do casamento ficou por conta da audiodescrição, um presente para nós e todos os deficientes visuais que compareceram. Todos os detalhes visuais foram descritos.
Agradeço a Deus por abençoar o casamento e permitir que tudo acontecesse melhor do que o esperado. Agradeço também aos meus queridos pais e minhas três irmãs por toda a ajuda nesses seis meses de corre-corre. Agradeço a todos os fornecedores que trabalharam muito para que a festa saísse do jeito que planejamos. E, por fim, um agradecimento especial ao meu amor, Jean Bernardo da Silva Vieira, por me amar e me fazer feliz a quase 10 anos.
Veja mais:
Saiba como foi a audiodescrição
Assista um vídeo feito pelo Bradesco no qual aparecem imagens do casamento
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Ação inclusiva: panfleto em Braille para pessoas cegas de Maceió/Alagoas.
As grandes conquistas merecem ser celebradas a qualquer tempo e também compartilhadas para que o mundo inteiro fique ciente do quão importante elas foram, e continuam sendo.
O que você vai ler agora são dois fatos interligados, que estão relacionados à acessibilidade. Um passo muito importante rumo à comunicação acessível e a inclusão social.
Em 2003, tive a honra de participar da 11ª Bienal do Livro que foi realizada no Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, a Heloísa Helena, então senadora por Alagoas, esteve à frente de uma ação que beneficiou deficientes visuais de todo o país: a distribuição de cópias em Braille da Legislação Brasileira: Constituição Federativa do Brasil, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei das Diretrizes e Bases.
Este ano, outra grande surpresa: novamente candidata ao Senado pelo PSOL, A Heloísa Helena pensou mais uma vez na população deficiente visual (cegueira) e preparou 500 panfletos em Braille para serem entregues aos eleitores de Maceió/Alagoas.
Em setembro eu recebi o meu e com muita alegria pude ler as cinco páginas escritas especialmente para nós. Foi uma experiência marcante poder ler um panfleto em Braille pela primeira vez.
Gostaria de deixar um agradecimento especial a Heloísa e dizer que: Na política podem até falar que você nunca fez nada por Alagoas, mas eu nunca me esquecerei do seu gesto ao levar acessibilidade aos deficientes visuais do nosso país.
Também gostaria de avisar aos leitores do blog que tenho algumas cópias do panfleto em Braille e posso distribuir. Então, quem quiser, é só entrar em contato comigo pelas redes sociais ou no formulário de contatos.
Finalizo a postagem deixando um trechinho do panfleto para que as pessoas que enxergam e não sabem ler braille, possam conhecer:
"[...] Portanto, é importante renovar na memória de Alagoas, que no honrado período em que fui Senadora --trabalhando muito por Alagoas e sem participar das safadezas políticas -- eu encaminhei para nosso Estado, em Emendas ao Orçamento, mais de 100 (cem) milhões de reais para a construção de Hospitais Públicos, Creches, Casas Populares, Saneamento Básico, Abastecimento de Água, Mamógrafos, Equipamentos Hospitalares e muito mais! Além de apresentar vários Projetos de Lei para melhorias na Educação, Saúde, Segurança Pública." (páginas 3-4)
O que você vai ler agora são dois fatos interligados, que estão relacionados à acessibilidade. Um passo muito importante rumo à comunicação acessível e a inclusão social.
Em 2003, tive a honra de participar da 11ª Bienal do Livro que foi realizada no Rio de Janeiro. Naquela oportunidade, a Heloísa Helena, então senadora por Alagoas, esteve à frente de uma ação que beneficiou deficientes visuais de todo o país: a distribuição de cópias em Braille da Legislação Brasileira: Constituição Federativa do Brasil, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei das Diretrizes e Bases.
Este ano, outra grande surpresa: novamente candidata ao Senado pelo PSOL, A Heloísa Helena pensou mais uma vez na população deficiente visual (cegueira) e preparou 500 panfletos em Braille para serem entregues aos eleitores de Maceió/Alagoas.
Em setembro eu recebi o meu e com muita alegria pude ler as cinco páginas escritas especialmente para nós. Foi uma experiência marcante poder ler um panfleto em Braille pela primeira vez.
Gostaria de deixar um agradecimento especial a Heloísa e dizer que: Na política podem até falar que você nunca fez nada por Alagoas, mas eu nunca me esquecerei do seu gesto ao levar acessibilidade aos deficientes visuais do nosso país.
Também gostaria de avisar aos leitores do blog que tenho algumas cópias do panfleto em Braille e posso distribuir. Então, quem quiser, é só entrar em contato comigo pelas redes sociais ou no formulário de contatos.
Finalizo a postagem deixando um trechinho do panfleto para que as pessoas que enxergam e não sabem ler braille, possam conhecer:
"[...] Portanto, é importante renovar na memória de Alagoas, que no honrado período em que fui Senadora --trabalhando muito por Alagoas e sem participar das safadezas políticas -- eu encaminhei para nosso Estado, em Emendas ao Orçamento, mais de 100 (cem) milhões de reais para a construção de Hospitais Públicos, Creches, Casas Populares, Saneamento Básico, Abastecimento de Água, Mamógrafos, Equipamentos Hospitalares e muito mais! Além de apresentar vários Projetos de Lei para melhorias na Educação, Saúde, Segurança Pública." (páginas 3-4)
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Nem sempre a primeira impressão é a que fica.
Em um mega evento, do qual participavam mais de 400 pessoas, um dos palestrantes exibiu um vídeo que considerou impactante e emocionante. Eu, ao assisti-lo na palestra, discordei logo de cara.
O vídeo começa com uma canção. Logo nos primeiros acordes, não entendi que impacto uma música como aquela poderia causar. Sim, a canção é muito bonita, tem uma letra propícia para a reflexão, mas todo mundo já conhece há anos! Aparentemente, não havia nenhuma novidade nisso. Eu já estava esperando o volume da música baixar e começar uma daquelas mensagens motivacionais, mas não foi nada disso que aconteceu. Um rapaz começou a "cantar" de um jeito muito peculiar. Ele "falava" a letra, como se estivesse aprendendo a cantar, ou como se quisesse ensiná-la para os espectadores. Algumas vezes, tive a impressão que ele iria sair do ritmo, de tão pausadamente que falava.
De repente, uma moça começa a cantar. Ela tem uma voz linda! Mas, de fundo, o rapaz continua fazendo a sua interpretação. Era mais ou menos assim: ela cantava um verso e ele repetia. Duas vozes tão diferentes, interpretando a mesma música, me causou uma impressão desagradável. Eu não conseguia entender que lógica era aquela. Qual era o sentido de ouvir o mesmo trecho duas vezes?
Ao final, enquanto as pessoas aplaudiam, eu continuava sem entender o significado daquilo e não me senti nem um pouco emocionada.
Muito tempo depois, encontrei o vídeo no Youtube e pedi para uma pessoa que enxerga fazer a audiodescrição. Foi aí que descobri o quanto ele é bonito! Trata-se de um coral de surdos, que interpreta a música Imagine. Eles cantam junto com o coral de ouvintes do Glee, uma série americana. O vídeo faz parte de um dos episódios que foi exibido em 2010.
Na minha opinião, o que há de mais bonito é a mensagem implícita que mostra a sinergia entre pessoas com e sem deficiência, demonstrando que é possível, sim, trabalharem juntos. Nesse caso, a música serviu como ponte e apresentou uma mensagem belíssima unindo voz, letra e sinais.
Portanto, se você ainda não conhece, acione o play e aprecie! Depois comente a postagem, vou adorar saber a sua opinião também.
O vídeo começa com uma canção. Logo nos primeiros acordes, não entendi que impacto uma música como aquela poderia causar. Sim, a canção é muito bonita, tem uma letra propícia para a reflexão, mas todo mundo já conhece há anos! Aparentemente, não havia nenhuma novidade nisso. Eu já estava esperando o volume da música baixar e começar uma daquelas mensagens motivacionais, mas não foi nada disso que aconteceu. Um rapaz começou a "cantar" de um jeito muito peculiar. Ele "falava" a letra, como se estivesse aprendendo a cantar, ou como se quisesse ensiná-la para os espectadores. Algumas vezes, tive a impressão que ele iria sair do ritmo, de tão pausadamente que falava.
De repente, uma moça começa a cantar. Ela tem uma voz linda! Mas, de fundo, o rapaz continua fazendo a sua interpretação. Era mais ou menos assim: ela cantava um verso e ele repetia. Duas vozes tão diferentes, interpretando a mesma música, me causou uma impressão desagradável. Eu não conseguia entender que lógica era aquela. Qual era o sentido de ouvir o mesmo trecho duas vezes?
Ao final, enquanto as pessoas aplaudiam, eu continuava sem entender o significado daquilo e não me senti nem um pouco emocionada.
Muito tempo depois, encontrei o vídeo no Youtube e pedi para uma pessoa que enxerga fazer a audiodescrição. Foi aí que descobri o quanto ele é bonito! Trata-se de um coral de surdos, que interpreta a música Imagine. Eles cantam junto com o coral de ouvintes do Glee, uma série americana. O vídeo faz parte de um dos episódios que foi exibido em 2010.
Na minha opinião, o que há de mais bonito é a mensagem implícita que mostra a sinergia entre pessoas com e sem deficiência, demonstrando que é possível, sim, trabalharem juntos. Nesse caso, a música serviu como ponte e apresentou uma mensagem belíssima unindo voz, letra e sinais.
Portanto, se você ainda não conhece, acione o play e aprecie! Depois comente a postagem, vou adorar saber a sua opinião também.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Ponto de Vista.
Gosto de conversar com as pessoas porque sempre aprendo muito com elas e tenho a oportunidade de esclarecer algumas dúvidas em relação a minha deficiência. Certa vez, em uma dessas conversas, um rapaz me disse
- Acho que ser cego é a pior deficiência que existe. Não poder ver as belezas que Deus criou, não poder ver o rosto das pessoas, não poder ver as cores...
Eu refleti um pouco sobre o assunto e respondi:
- Depende do ponto de vista! Se você acaba de perder a visão, talvez pense isso por algum tempo. Se você não conhece alguns produtos que facilitam a vida das pessoas cegas, pode ser que tenha a mesma opinião. Se você for uma pessoa cega de nascença, como eu, talvez ver essas coisas não façam a menor falta, porque existem outros recursos capazes de fazer um cego “enxergar” de outra forma. Por exemplo: se eu quiser conhecer o rosto de uma pessoa, posso perguntar-lhe se ela me autoriza a tocá-lo. Se eu quiser “ver” as cores, posso usar um programa no celular que as informa para mim ou perguntar a alguém que enxerga. Se eu quiser ver as coisas maravilhosas que Deus fez, posso ir até a varanda de casa e sentir o vento ou o calor do sol em meu rosto. Posso sentir o cheiro da natureza através das flores no jardim e ouvir o canto dos pássaros. Posso, ainda, ir até uma praia e ouvir o barulho das ondas do mar batendo na areia. Quando chove, dá pra sentir o cheiro de terra molhada e ouvir o som da chuva caindo.
Depois dessa conversa, fiquei pensando: será que tem alguma deficiência que é a pior coisa que existe?
Se eu enxergasse e não pudesse ouvir ou falar, seria muito difícil! Justamente porque já estou acostumada com a minha audição e fala. Mas as pessoas com deficiência auditiva também têm possibilidades de progredir e conviver normalmente. Além de alguns utilizarem a Linguagem Brasileira de Sinais, ainda tem recursos no celular e no computador que traduzem os textos do português para o LIBRAS e vice-versa.
Se eu enxergasse, pudesse ouvir e falar, mas não pudesse caminhar, também seria algo um pouco complicado. Principalmente em cidades que não são planejadas para ter acessibilidade, tem calçadas irregulares, poucas rampas... Se o cenário atual já é difícil para os cegos, que dirá para os cadeirantes! Mas isso também não me impediria de prosseguir a vida. Quem sabe eu poderia ter um carro adaptado ou uma cadeira motorizada.
Se eu tivesse deficiência intelectual, teria várias limitações, mas minha vida não seria impossível. Não é a toa que as pessoas com essa deficiência são tão felizes! E muitas delas desenvolvem a criatividade, praticam esporte, estudam. São pessoas normais, que desenvolvem suas atividades, como todos nós!
Se analisarmos cada uma das deficiências, perceberemos que todas têm limitações, mas é plenamente possível acostumar-se a ela, encarar o desafio e seguir adiante!
- Acho que ser cego é a pior deficiência que existe. Não poder ver as belezas que Deus criou, não poder ver o rosto das pessoas, não poder ver as cores...
Eu refleti um pouco sobre o assunto e respondi:
- Depende do ponto de vista! Se você acaba de perder a visão, talvez pense isso por algum tempo. Se você não conhece alguns produtos que facilitam a vida das pessoas cegas, pode ser que tenha a mesma opinião. Se você for uma pessoa cega de nascença, como eu, talvez ver essas coisas não façam a menor falta, porque existem outros recursos capazes de fazer um cego “enxergar” de outra forma. Por exemplo: se eu quiser conhecer o rosto de uma pessoa, posso perguntar-lhe se ela me autoriza a tocá-lo. Se eu quiser “ver” as cores, posso usar um programa no celular que as informa para mim ou perguntar a alguém que enxerga. Se eu quiser ver as coisas maravilhosas que Deus fez, posso ir até a varanda de casa e sentir o vento ou o calor do sol em meu rosto. Posso sentir o cheiro da natureza através das flores no jardim e ouvir o canto dos pássaros. Posso, ainda, ir até uma praia e ouvir o barulho das ondas do mar batendo na areia. Quando chove, dá pra sentir o cheiro de terra molhada e ouvir o som da chuva caindo.
Depois dessa conversa, fiquei pensando: será que tem alguma deficiência que é a pior coisa que existe?
Se eu enxergasse e não pudesse ouvir ou falar, seria muito difícil! Justamente porque já estou acostumada com a minha audição e fala. Mas as pessoas com deficiência auditiva também têm possibilidades de progredir e conviver normalmente. Além de alguns utilizarem a Linguagem Brasileira de Sinais, ainda tem recursos no celular e no computador que traduzem os textos do português para o LIBRAS e vice-versa.
Se eu enxergasse, pudesse ouvir e falar, mas não pudesse caminhar, também seria algo um pouco complicado. Principalmente em cidades que não são planejadas para ter acessibilidade, tem calçadas irregulares, poucas rampas... Se o cenário atual já é difícil para os cegos, que dirá para os cadeirantes! Mas isso também não me impediria de prosseguir a vida. Quem sabe eu poderia ter um carro adaptado ou uma cadeira motorizada.
Se eu tivesse deficiência intelectual, teria várias limitações, mas minha vida não seria impossível. Não é a toa que as pessoas com essa deficiência são tão felizes! E muitas delas desenvolvem a criatividade, praticam esporte, estudam. São pessoas normais, que desenvolvem suas atividades, como todos nós!
Se analisarmos cada uma das deficiências, perceberemos que todas têm limitações, mas é plenamente possível acostumar-se a ela, encarar o desafio e seguir adiante!
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